Foram oferecidas sete oficinas, com os temas: comportamento de solos; adobe; taipa; técnica mista; BTC; revestimentos; e tintas. As oficinas de comportamento de solos e taipa aconteceram no Laboratório de Estruturas e Construção Civil, da Faculdade de Engenharia (FEB) da UNESP. As demais oficinas aconteceram no Canteiro Experimental do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAAC sob uma grande geodésica de bambu e lona plástica, destacando as possibilidades de integração entre o bambu e a terra.
Foi realizada uma mesa redonda sobre “Construção com terra e sustentabilidade”, da qual participaram Obede B. Faria (“Princípios da construção sustentável”), Rosane Ap. G. Battistelle (“Análise de ciclo de vida”) e Michel Habib (“Bioconstrução e bioarquitetura”), com os debates mediados por Marco A. P. de Rezende.
Prestigiaram o evento, com apresentação de palestras do arquiteto chileno, Hugo E. Pereira Gigone (Coordenador de PROTERRA), da professora peruana María Teresa M. Landa, (Universidad Ricardo Palma, de Lima-Peru), do professor brasileiro Marco Antônio P. de Rezende (Coordenador da Rede TerraBrasil e do doutorando brasileiro Gabriel F. dos Santos (curso de Design da FAAC), que apresentou uma proposta de design participativo para painéis de vedação em técnica mista (madeira, bambu e terra).
Na ocasião, Obede B. Faria apresentou o texto do Projeto de Norma Adobe – Terminologia, requisitos, produção, execução de alvenaria e métodos de ensaio, que foi encaminhado à ABNT para consulta pública. Além disso, Hugo Pereira e Célia Neves apresentaram os livros Arquitetura de Terra na América Latina e Terra 2012.
Nas sessões técnicas foram apresentados 17 artigos científicos, 11 informes técnicos e 8 trabalhos na modalidade “projetos e obras” (P&O), distribuídos nos seguintes temas: materiais e técnicas construtivas; patrimônio: documentação, conservação e restauro; arquitetura contemporânea; e ensino, capacitação e transferência de tecnologia.
A modalidade P&O iniciou-se em TerraBrasil 2014 e neste último evento sua formatação consolidou-se, dando mais visibilidade e valor aos trabalhos não acadêmicos, com mais possibilidade de diálogo entre estes dois universos.
Fonte: Boletim PROTERRA nº49-50, jul/dez de 2016.